sábado, 19 de maio de 2012


“Vive justa e santamente quem é perfeito avaliador das coisas.  E quem as estima exatamente mantém amor ordenado.  Dessa maneira, não ama o que não é digno de amor, nem deixa de amar o que merece ser amado.  Nem dá primazia no amor àquilo que deve ser menos amado, nem ama com intensidade o que se deve amar menos ou mais, nem ama menos ou mais o que convém amar de forma idêntica” (A Doutrina Cristã, I, 28)
Santo agostinho nos ensina  neste pequeno o seguinte:
Para vivermos bem é preciso avaliar-discernir duma maneira correta as coisas. Para Agostinho nem todas as coisas são iguais. Todas são boas, porque obras da bondade divina. Ele pensava o mundo segundo uma estrutura hierarquica de valores: das coisas inferiores até as superiores; das menos boas até as mais excelsas...
A felicidade da nossa vida – aliás só isso que importa afinal – depende  de como estimaremos as coisas. Não podemos amar todas as coisas como se fossem iguais. Para Agostinho a vida beata, ou seja a vida feliz, é preciso ordenar os nossos amores. Todos amamos. O amor é essencia da vida. Inclusive, Agostinho dirá que cada um é o que ama. Por isso, atentemos bem para o que amamos, porque dependendo do objeto do nosso amor alcancaremos a vida na virtude, cuja recompensa é a felicidade.
A vida na virtude é a ordem correta dos amores. Aliás, define ele a virtude como a “ordem dos amores”


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