“Vive justa e santamente quem é perfeito avaliador das
coisas. E quem as estima exatamente
mantém amor ordenado. Dessa maneira, não
ama o que não é digno de amor, nem deixa de amar o que merece ser amado. Nem dá primazia no amor àquilo que deve ser menos
amado, nem ama com intensidade o que se deve amar menos ou mais, nem ama menos
ou mais o que convém amar de forma idêntica” (A Doutrina Cristã, I, 28)
Santo agostinho nos ensina
neste pequeno o seguinte:
Para vivermos bem é preciso avaliar-discernir duma maneira
correta as coisas. Para Agostinho nem todas as coisas são iguais. Todas são
boas, porque obras da bondade divina. Ele pensava o mundo segundo uma estrutura
hierarquica de valores: das coisas inferiores até as superiores; das menos boas
até as mais excelsas...
A felicidade da nossa vida – aliás só isso que importa
afinal – depende de como estimaremos as
coisas. Não podemos amar todas as coisas como se fossem iguais. Para Agostinho
a vida beata, ou seja a vida feliz, é preciso ordenar os nossos amores. Todos
amamos. O amor é essencia da vida. Inclusive, Agostinho dirá que cada um é o
que ama. Por isso, atentemos bem para o que amamos, porque dependendo do objeto
do nosso amor alcancaremos a vida na virtude, cuja recompensa é a felicidade.
A vida na virtude é a ordem correta dos amores. Aliás,
define ele a virtude como a “ordem dos amores”
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